segunda-feira, 2 de maio de 2011

O sutil enfraquecimento do setor têxtil nacional


Há uma perda significativa no setor têxtil, devido ao aumento das importações e os altos custos de produção em solo nacional, a importação e o off shore, fazem parte do paradigma atual, a industria brasileira é massacrada pelo seu próprio sistema deficitário e draconiano de leis e impostos.

Com isto a importação é o caminho que os varejistas encontraram para manter-se no mercado, mas esta situação incorre na perda da capacidade de produção e consequentemente na demissão de funcionários e fechamento de produção local, com nossa mão de obra cara e carga tributária indecente, estamos aos poucos e sutilmente perdendo nosso lugar da produção de vestuário e afins.

Mesmo com o aumento do consumo e produção interna, com a economia estabilizada, corremos o risco de perdemos espaços significativos.

Comprovado pela balança comercial, a indústria têxtil e de vestuário vem no decorrer dos anos perdendo posição estratégica de competitividade, o aumento da importação e consequentemente a previsão do aumento do déficit, coloca o país na berlinda neste setor primordial ao sustentáculo da economia nacional.

Os empresários e profissionais da indústria da moda precisam se articular para mudar o cenário político que afeta diretamente o setor, com representatividade firme e emergencial.

A mentalidade do empresário também tem que mudar, agindo de maneira a aumentar a eficiência de competitividade, reduzir os custos, aumentar a qualidade do produto nacional (que em sua maioria é inferior ao produto importado), inovar em seu setor, buscar o rumo das exportações para fortalecer a economia nacional.

E acima de tudo requerer do governo e dos órgãos de representatividade maior ação em relação a proteção da indústria da moda nacional.

Partindo deste pressuposto, vemos claramente o risco de desindustrialização do setor.

O que podemos fazer?

Requerer do governo e dos órgãos de representatividade maior ação em relação a proteção da indústria da moda nacional.

Os órgãos de representatividade do setor, tem que com esfoço herculineo lutar pelo setor como um todo - não buscando interesses individuais e fazendo lobbys corporativistas - caso contrário todos estamos fadados a um naufrágio repetino e sem volta a superfície para continuar competindo neste novo paradigma, onde todos enfrentam os asiáticos, que profundamente imbuídos de senso de patriotismo e desejo de crescimento contínuo, se estabelecem e se fortificam, fechando brechas e aumentando a qualidade para manter-se no pico das produções e exportações.

Senão nos organizamos, logo veremos o que já está acontecendo com a indústria da tecelagem, muitas fechando as portas, outras parando as máquinas e vendendo tecidos importados.

As confecções são as que correm maior risco, como competir com a importação de produtos mais barato de qualidade melhor e produzir em solo nacional com tão alta carga tributária.

É momento de conscientização e de levantar as mangas, lutar pelo setor de forma sistemâtica e eficaz.


Foto: Reprodução

Nenhum comentário:

Postar um comentário