segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cris Barros para a massa e fashion victims...

Sabemos que na História da moda, a força motriz para a iniciação do conceito de moda como é hoje, foi justamente o almejar das vestimentas de outrem, a corte queria imitar a outra corte de um país diferente, almejava suas jóias, seus tecidos, ornamentos... dentro do próprio país a burguesia ascendente começava a copiar sem nenhum escrúpulo o look da realeza e de toda a corte, e a plebe aos poucos ao longo da história foi copiando os burgueses, os pequenos comerciantes a assim sucessivamente.

Com a revolução industrial e o crescente comércio entre os países, finalmente a vestimenta passou a ser mais democrática, com todas as revoluções e o crescimento do setor têxtil, a roupa se tornou mais acessível, veio a alta costura, o prêt à porter, os magazines etc...

Em nosso paradigma, onde há um sincretismo fashion, uma onda avassaladora de tendências, informações, palpites, marketing, lobbys, a onda nacional (adaptação do primeiro mundo), a parceria entre nomes de representatividade na moda e grandes magazines (Fast Fashion), tornou-se o toque de Midas, C&A e Stella, agora Cris Barros e Riachuelo.

A proposta é a seguinte, roupa de estilista famoso e magazine para acesso de todas as classes, prometendo qualidade e diferencial nas peças.

Como já falei aqui, na verdade é tudo Marketing, corrida desenfreada para galgar resultados positivos e passar a concorrência cada vez mais acirrada, nunca uma peça Riachuelo, nem C&A, nem Renner terá o status de um nome de estilista realmente, é fast fashion, financiado em 5 vezes e de qualidade inferior, portanto não seja lograda, compre com inteligência e bom senso, procure peças diferenciadas e com estilo, procure marcas não tão visíveis no mercado, assim terá menos chance de encontrar no metrô, ou qualquer lugar de grande trânsito várias pessoas com as mesmas peças, construa seus looks com referências de moda e tendência, mas não se leve pelo canto da sereia fashion, não se engane, se não puder comprar uma peça do estilista original, não se contente com a assinatura, por que afinal é só isto..., encontre seu estilo e diferencie-se.

Fui conhecer as peças da Riachuelo. Pude conferir algumas pessoas querendo comprar qualquer peça, mesmo não apreciando muito, algumas nem sabiam quem era Cris Barros, mas na suposição que deveria comprar porque era alguém famoso, ou viram em alguma revista, ou um blog (deprimente) vale dizer que as peças são parecidas com peças que você pode encontrar no Brás e Bom Retiro, aliás creio que a Riachuelo saiu-se melhor nesta proposta, por que a peças de Stella/C&A atraiu mais as fashion victims, pois a linha da estilista é mais minimalista, agora a linha Cris Barros apesar de algumas peças que remetem ao minimal, a maioria agrada a massa nacional, um estilo mais "perigueti", com isto creio que será sucesso de vendas, uma minissaia de babados triplo de renda (renda simplória por sinal) foi a alegria de muitas moçoilas.

Acabamento mais ou menos (típico de fast fashion), o estilo previsível, muito poliéster, as únicas peças melhores são as malhas estonadas, mas não vale o preço,( nem o desgaste de se engalfinhar com outra mulher para competir por uma peça de maior exposição midiática) como muitas fizeram no domingo , mas se você não liga para um bom acabamento, nem se preocupa com tecidos, afinal nem todo mundo entende de tecnologia têxtil, e nem precisa saber, mas o bom senso pode imperar na escolha de materiais nobres, tecidos de fibras naturais, acabamento primoroso, e nem sempre custa tanto.

Diante de tudo, vale a análise social , a grama do vizinho é sempre mais verde, não posso comprar uma peça de estilista, então o magazine me proporciona em suaves prestações, ledo engano, a peça sempre será do grupo (Magazine), porém, agora dividindo os louros com o nome que assina suas peças. Reflita...

Mas se você não resiste a tentação da inculcação mercantilista oriunda da indústria da moda,( e estes magazines ainda cobram muito caro de seus clientes) a Riachuelo promete trazer novas peças para repor a loucura das vendas da coleção cápsula, afinal tem clientes e gosto pra tudo, e gosto não se discute... se lamenta.

Mas se você quer comprar peças boas e com preços módicos, o melhor magazine para isto é a Zara, que tem moda contemporânea, qualidade ímpar e grande circulação de mercadorias, então se você pagar um pouco mais na Zara ( muitas peças são importadas, e nossos tributos não são benevolentes) vai valer muito mais, procure peças similares entre um magazine e outro e você verá quem tem mais qualidade.


Este vestido 100% poliéster e com o acabamento da barra torto , mal costurado, não sei se foi feito mal a revisão no controle de qualidade, ou se devido a manipulação de tantos o tecido afrouxou a costura (muito medíocre por sinal), enfim... não vale o preço.

Um comentário:

  1. Oi Amiga!!!

    Como sempre adorei a crítica e concordo 100% (apesar de não ter visto tudo pessoalmente ainda).
    Ah! Voltei a atualizar o blog... pode visitar!

    Boa semana! Beijokas!

    P.S.: Novamente obrigada pelos gifts!!! Ficou td lindo, amei!!!

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